quarta-feira, 8 de abril de 2009

PERDEMOS

Existe um fato quem vem martelando minha mente, por que nós perdemos nossos jovens?Onde está a galera das igrejas nascida na década de 80?

Não há como negar, em qualquer igreja você for, vão enumerar vários jovens que quando completaram 18 anos foram vazando de mansinho...

É lógico que um tema de tamanha envergadura não pode ser resumido a uma ou duas hipóteses, mas o que coloco à sua apreciação são alguns pontos:
E pra começar precisamos nos despir da capa de juízes, daqueles que olham com ar de desprezo e condescendência e dizem;
" - eles não experimentaram uma verdadeira conversão...", tudo bem isso é lógico , mas qual a raiz do problema?
Ouso em buscar algumas explicações, as quais descrevo abaixo, não por ordem de valor , mas aleatório.

1- Nós não fomos referência para eles, no português claro , não demos o exemplo; Eles olharam pra nossa vida e não viram o entusiasmo da conversão.
2- Em determinado momento algumas ferramentas saturaram e nós não percebemos, deixamos morrer , agonizando aos poucos, ex; Uniões femininas missionárias, masculinas do mesmo gênero, união de adolescentes, jovens, embaixadores, mensageiras e a próxima vítima EBD.

Adão colocou a culpa em Eva , Eva disse que cobra enganou , e o que vou dizer pode parecer à mesma solução para o quadro em que vivemos:

Mas de uma coisa tenho certeza, eu fui liderado mas não liderei ninguém, penso ser por aí uma das pontas dos icebergs.

Desde os anos 50, a igreja vinha crescendo a passos largos (crescimento qualitativo) sobretudo com o impulso dos irmãos americanos e suas campanhas no Brasil , a galera dos anos 50 fez e aconteceu e treinou o pessoal dos anos compreendidos 60~69, este pessoal se manteve firme na rocha , tocou os projetos da igreja e cuidou de nós que nascemos na década de 70~79, só que cometeram um grave erro, não nos fizeram líderes , nós nos mantivemos arraigados em nossa confissão de fé , mas não cuidamos do pessoal dos anos 80.

Não vou abstrair do fato de que houve gigantescas mudanças na sociedade, sobretudo na velocidade da informação nos últimos tempos, mas com certeza não é a tônica, pois a mudança sempre existiu de década em década, e que no nosso tempo houve por vezes muito mais ativismo religioso, com tantas programações do que intimidade com Deus. (na verdade essas programações não tinham muita concorrência, pois ainda respeitávamos nossos pais, que por sua vez só nos “liberavam” para trabalho da igreja)

Eu poderia escrever três páginas sobre o que fomos no passado, mas uma verdade não para de incomodar, por quê os perdemos?

Todo artigo que se preza termina com soluções mirabolantes e final feliz, este não.

O que convido a todos agora é não fazer nenhuma reflexão, é ação! Precisamos salvar a década de 90! Desta vez não vamos tentar enfiá-los em modelos do passado, jogar na cara deles que são crentes de verdade, e devem agir como diferentes! Precisamos ouvi-los caminhar juntos, opinar sobre quais os caminhos e escolhas que estão fazendo, não só acusar seus pecados, gastar tempo com eles, ser referência, ser exemplo, abrir mão de coisas inofensivas que praticamos e gastar mais tempo com Deus, para que sejamos fortes. Ou nós vamos ser exemplo pra eles ou deixamos para os ícones desta década este lugar.

Eu vou começar hoje, com meus dois filhos, comece também.

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