quinta-feira, 10 de abril de 2008

SUSHI X PUCHERO

“Não é bom que o homem viva só”. Assim começou a odisséia irreversível da vida a dois, a três, a quatro, a mil. Na concepção criacionista já houve crise no primeiro grupo, culminando no assassinato de Abel. Seja uma figura de linguagem, uma metáfora ou real , o que aconteceu a mais de quatro mil anos continua latente até hoje. No seio da família, o primeiro grupo, existem duas possíveis dissensões: no caso de um filho único, os pais digladiam pela preferência do príncipe, que por conseqüência chega a sociedade com seu ego inflado por esta disputa. De outro lado quando há mais de um filho a disputa é mais acirrada, desde cedo brigam pelo posto de melhor filho, título que lhe rende muitas facilidades e acessos.

Pode-se vislumbrar então que o conceito equipe seja utópico, partindo do princípio que seus membros desde a tenra idade são programados a disputar um lugar ao sol , presume-se então que a equipe já nasce falida.

Outro pressuposto que se pode afirmar é que existem dois tipos de grupos , aqueles aceitam seu triste destino ; o fracasso, e aqueles que de forma contrária à natureza são vitoriosos. Então porque não chamar o segundo grupo de equipe?

Quais são então os ingredientes dos grupos vitoriosos? Por que Japão e Paraguai, ambos destruídos por guerras tiveram destinos tão diferentes? Como estes dois países reagiram depois de tão avassaladora desgraça? Não há dúvidas que seus habitantes tinham um objetivo em comum, mas ter um objetivo em comum não é garantia de uma equipe vitoriosa, o Japão agiu de forma coordenada e focada nos seus objetivos, o Paraguai até hoje culpa o Brasil por sua condição.

Deste modo parece razoável propor que uma equipe cai, levanta , bate a poeira e segue adiante com olhos fixos no futuro , e de outro lado um grupo , assim como a família, pode padecer de sentimentos de indulgência, lamúrias, com os olhos voltados para os problemas do passado e com dificuldades de prosseguir.

Existe também um paradoxo na construção dos valores dos dois dentro de uma empresa, o grupo tende a ser complacente e tolerante com seus membros e implacável e perseguidor com quem não lhes pertence , as equipes são pragmáticas possuem regras claras e invariavelmente são abertas a novos talentos que agreguem valor para o alcance dos resultados.

Muitos ingredientes podem formar o arcabouço de equipes vitoriosas, como união, competência, habilidades, atitude, amor ,mas ousamos propor equipes só serão vitoriosas se o alicerce de todas ações for um único sentimento: CONFIANÇA.

Torna-se condição sine qua non, a certeza que o trabalho realizado não será objeto de autobrilho, que não haverá culpados por batalhas perdidas, confiar que o sucesso da equipe há seu tempo será o sucesso individual de todos os integrantes.
No ano 2000 havia uma agência do BB no Mato Grosso do Sul, com 20 funcionários.O gerente atuava com autoridade, respeito e exemplo; de fato há verdade na frase de efeito que diz que:”O verdadeiro líder é comprometido com o sucesso de sua equipe”; não por mero fruto do acaso , mas naturalmente, todos os gerentes médios daquela época são hoje administradores e líderes de suas equipes, e os iniciantes na carreira em grande parte hoje atuam nas gerências médias.

A ambigüidade própria do ser humano leva o funcionário a assumir posturas de equipe quando luta pelo sucesso do projeto e dos participantes, ou de grupo, quando luta contra o próprio trabalho , movido pela manutenção da inércia.

Assim, é imperativo optar por posturas de equipe, que no primeiro momento parecem movimentos invisíveis, mas no escopo geral constroem o sucesso pessoal e profissional.

Nenhum comentário:

Postar um comentário